Dia 14 de abril 12h10
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Arlindo Oliveira|IST
Os avanços recentes nos domínios da inteligência artificial (IA) e e da aprendizagem automática estão a revolucionar a economia e a sociedade. Sistemas baseados em IA têm numerosas aplicações em marketing, vendas, saúde, finanças, educação, transportes, logística, design e até na investigação científica. Num futuro próximo, sistemas baseados em IA poderão substituir uma fracção significativa dos empregos e funções. A aprendizagem automática, uma tecnologia que está no cerne dos desenvolvimentos recentes da IA, permite que os computadores aprendam com a experiência e abre caminho para mudanças ainda mais radicais na forma como interagimos com as máquinas. A aprendizagem profunda, em particular, está a permitir abordar novos problemas na visão computacional e na interação através da linguagem, com muitas aplicações em analítica e automação.
Os resultados recentes obtidos com modelos fundacionais baseados em transformadores, redes neurais convolucionais, aprendizagem profunda por reforço e difusão inversa trouxeram este tema para o centro da atenção pública e terão, sem dúvida, muitos impactos práticos, sociais e filosóficos num futuro próximo. A próxima geração de sistemas de IA combinará modelos de ponta com capacidades de raciocínio, atingindo ou superando o desempenho humano em muitas tarefas. Muitas empresas da área têm agora como objetivo explícito o desenvolvimento de inteligência artificial geral (IAG), criando a perspetiva de sistemas tão inteligentes, poderosos e, possivelmente, até tão conscientes como os seres humanos. Se estes sistemas vierem a existir, quais serão as implicações sociais, económicas, legais e éticas?
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