Dia 16 de abril 16h45
Carlos Fiolhais
Não é fácil definir inteligência, mas esta é decerto uma marca do humano. Algumas das características da inteligência humana, como por exemplo a de aprender,
estão hoje patentes em máquinas. Em 1956, quando surgiu a expressão «Inteligência artificial» na proposta do workshop de Dartmouth,
nos EUA, havia duas aproximações concorrentes para imitar, num aparelho, a inteligência humana : uma dita simbólica, que procura representar a percepção do mundo, o processamento de informação e
as tomadas de decisão; e outra, dita conexionista, que tenta imitar as obras humanas usando esquemas análogos a neurónios (redes neuronais artificiais).
Com o grande aumento da capacidade de cálculo e das ligações entre computadores, tem ganho primazia esta segunda aproximação.
De facto, a inteligência artificial generativa, de que é exemplo o ChatGPT, utiliza redes neuronais artificiais, justamente premiadas em 2024 com os Prémios Nobel da Física e da Química.
A questão última é: até que ponto pode a inteligência artificial imitar a nossa? Argumentarei que a inteligência humana nunca será totalmente imitada, chamando a atenção
para o problema da consciência.
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