Fósseis de Rudistas
Na fotografia estão representados dois cortes longitudinais da concha (valva livre) de Rudistas – moluscos bivalves – caprinídeos, os quais integram o calcário lioz. Os rudistas surgiram no Jurássico Superior, floresceram durante o Cretácico e extinguiram-se há 66 milhões de anos (Ma). Os rudistas viveram cerca de 90 Ma; Extinguiram-se devido ao evento de extinção Cretácico-Paleogénico, o mesmo que se crê ter levado à extinção dos dinossauros não avianos. Viviam em ambiente marinho, pouco profundo, tropical, de água límpida, onde constituíam recifes. As conchas dos rudistas são de aspecto rude (daí o nome de rudistas, pois em latim rudis significa rude). A concha apresenta duas valvas, a inferior, cilíndrico-cónica, era fixa ao substrato e a cimeira, parcialmente espiralada, atuava como um opérculo. O tamanho dos rudistas variava de poucos centímetros a dois metros de altura. Crê-se que eram animais filtradores com capacidade de retirar da água alimento e oxigénio. São somatófosseis e de fácies. O calcário lioz está, desde 2019, classificado como Global Heritage Stone Resource pela UNESCO. O nome lioz tem a sua raiz na palavra liois do francês arcaico, a qual significa calcário compacto. É uma rocha valorizada pela sua durabilidade e beleza. Referências Silva, C. M., Pereira, S., (2021) A geodiversidade urbana como recurso educativo, Rev. Ciência Elem., V9(3):051 DOI http://doi.org/10.24927/rce2021.051
Escola Secundária Sebastião e Silva, Oeiras
13 de Março de 2023
2022-11-25
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Fotografias
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