A espécie Cortaderia selloana, da família Poaceae, originária do Centro e Sul da América do Sul, foi introduzida em Portugal, está presente de Norte a Sul, especialmente junto ao litoral, desde o nível do mar até aos 800 m de altitude, em diversas condições edafoclimáticas. As plantas, desta espécie, formam tufos largos e robustos, os quais podem atingir mais de 3 metros de altura e diâmetro. Têm folhas de margens serrilhadas e afiadas, frequentemente causadoras de danos em animais, o que faz de um alinhamento destas plantas uma barreira impeditiva da livre circulação dos animais. Trata-se de uma espécie ginodióica – existem indivíduos femininos e indivíduos hermafroditas. Os indivíduos hermafroditas apresentam flores femininas, pouco desenvolvidas, e flores masculinas produtoras de pólen. Os indivíduos femininos apresentam flores, recetoras de pólen e produtoras de sementes, que se organizam em inflorescências vistosas, comumente denominadas plumas. Destas plumas libertam-se anualmente milhares de sementes viáveis que são disseminadas pelo vento, podendo ser depositadas a mais de 20 Km de distância da planta que as produziu. A floração ocorre de julho a novembro e a frutificação de setembro a novembro. As flores podem ser brancas, amareladas, avermelhadas ou arroxeadas. A espécie detém elevado potencial invasor. Está em vigor a Estratégia Transnacional de Controlo e de Erradicação da espécie no Arco Atlântico.